O mercado imobiliário da Zona Oeste vive um momento de forte valorização, mas o cenário não tem sido positivo para todos. Os aluguéis residenciais na região subiram em média mais de 8% no último semestre, segundo dados do Índice FipeZap, superando a inflação acumulada no mesmo período.
Para os moradores, o impacto é direto no bolso. Famílias que já enfrentam custos elevados com transporte, alimentação e serviços básicos agora precisam lidar com reajustes que, em alguns casos, chegam a 20% em novos contratos.
O que está por trás da alta
- Demanda crescente: a Zona Oeste tem atraído novos empreendimentos e moradores em busca de áreas mais tranquilas, o que pressiona os preços.
- Inflação do setor imobiliário: mesmo com a inflação oficial controlada, os custos de manutenção e construção de imóveis subiram, refletindo nos contratos de locação.
- Oferta limitada: em alguns bairros, a quantidade de imóveis disponíveis para aluguel não acompanha a procura, elevando os valores.
Reação dos moradores
Muitos inquilinos relatam dificuldade em renegociar contratos. Alguns optaram por se mudar para bairros mais afastados, enquanto outros buscam dividir imóveis para reduzir despesas. Associações de moradores têm pressionado por políticas públicas que incentivem a construção de habitações populares e ampliem a oferta de imóveis.
Perspectivas
Especialistas avaliam que, se a tendência de valorização continuar, a Zona Oeste pode enfrentar um processo de encarecimento habitacional, afastando famílias de renda média e baixa. A expectativa é que o mercado se ajuste gradualmente, mas, até lá, os moradores seguem preocupados com a escalada dos preços.
